martes, 27 de febrero de 2007

Fado, dos meus amores


Fado, cançao do povo.

Canções que viajam pelo Mar


Os portos de mar sempre foram locais de partida e chegada de pessoas e mercadorias. Mas nos barcos também vinham as culturas e nas cidades portuárias fez-se a sua miscigenação.

Ao longo de séculos, os barcos foram transportando, de porto em porto, traços culturais que criaram as raízes da primeira globalização.

Profundamente ligado à vida marítima e à actividade portuária aparece também o fado. Assim, o fado enquanto expressão de música popular característica e original de Lisboa será inserido no conjunto mais vasto das manifestações culturais com traços semelhantes nascidas em cidades onde também existe uma ligação profunda ao mar.

No século XVIII, criou-se no Brasil um cruzamento de três continentes. O resultado apareceu sob a forma de manifestações culturais novas, que integravam a Europa, a África e a América. A componente africana foi levada pelos escravos negros. A esta misturaram-se traços das culturas ameríndias pré-existentes no Brasil.

A cultura do colonizador europeu, pelo seu lado, contribuiu com as tradições rurais portuguesas e com o barroco. Acrescia ainda o intercâmbio resultante dos contactos portuários que ligavam a Índia, a Ásia e a África. De tudo isto resultaram expressões como as modinhas e o lundum.

No início do século XIX, a corte portuguesa refugiou-se no Brasil na sequência das invasões francesas. O fado passou a integrar influências dos ritmos brasileiros em intercomunicação com a poesia nascida nos bairros populares de Lisboa. Foi também por esta altura que a guitarra de 12 cordas, introduzida pela colónia britânica residente na cidade do Porto, passou a acompanhar o fado. A relação entre a voz e o instrumento passou a ser directa, com o estilo vocal a tornar-se muito expressivo e a equilibrar as deficiências do vocabulário popular.

No século XX, o fado fez a sua estreia no teatro musical e na rádio. O fado das tabernas resistiu às luzes do salão. Mas em 1927 surgiu regulamentação que obrigava à posse de carteira profissional para se cantar em público. Mais tarde, o fado projectou-se internacionalmente como a canção nacional. O fado ganhou espaço na literatura, no cinema e na indústria discográfica, adquirindo uma dimensão nova. Mas permaneceu como expressão musical profundamente relacionada com outras manifestações culturais de cidades portuárias, o que exprime uma relação muito antiga de trocas culturais. Este facto dá ao fado um destaque especial na era da globalização.

A alma dos portugueses

O fado não é apenas uma canção acompanhada à guitarra. É a própria alma do povo português. Ouvindo as palavras de cada fado pode sentir-se a presença do mar, a vida dos marinheiros e pescadores, as ruelas e becos de Lisboa, as despedidas, o infortúnio e a saudade.

A grande companheira do fado é a guitarra portuguesa. Juntos, fado e guitarra, contam a essência de uma história ligada ao mar.O fado, por ser de todos os portugueses, está na taberna e no salão aristocrático. Surgido na primeira metade do século passado, depressa se tornou na canção popular de Lisboa. Desde então, manteve sempre as sua características de expressão de sentimentos associados à fatalidade do destino.

O fado está marcado pelo phatos das tragédias da Grécia clássica.A canção emblemática de Lisboa é também indissociável dos seus bairros mais típicos. Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa são os seus mais autênticos berços. Por esta razão, ouvir o fado é conhecer Lisboa. É também conhecer os portugueses, no mais profundo da sua alma de povo que enfrentou o mar desconhecido.E, por ser uma canção nacional, o fado está igualmente marcado pelo atracção que a aristocracia boémia sentiu pela ruas e vielas de Lisboa, pelas tabernas e pelas mulheres. O fado foi partilhado por fidalgos, por vadios e por marinheiros. No regresso ao salão aristocrata, trouxeram o fado para que fosse acompanhado ao piano.

A companheira do fadoA guitarra portuguesa é a grande companheira do fado. A sua origem remonta ao cistro surgido na França e na Itália do Renascimento.O cistro viajou desde o século XVI pela Alemanha e pela Inglaterra, tendo sido intro-duzido em Portugal pela colónia britânica radicada na cidade do Porto.

Abandonada nos outros países europeus, a guitarra adaptou-se e criou raízes em Portugal. A sua evolução deu-lhe características próprias, passando a ser designada por guitarra portuguesa.


Nazaré a minha segunda vila


Nazaré, a terra do meu coraçao.
Quando se fala em férias, não se pode passar ao lado do ponto de paragem obrigatório, para qualquer turista que se preze. Conhecida pelas nazarenas que nos enterram olhos dentro as famosíssimas placas de "chambres, zimmers, habitaciones e rooms", também está envolta em lendas e anedotas caricatas que já conquistaram o seu lugar no panorama humorístico português, conseguindo fazer frente às já conhecidas anedotas alentejanas. Este é o único lugar do mundo onde se bebem "cafezes" e o cliente é que escolhe "tude, tude, tude"!
Vale a pena visitar!

Don Miguel, pero hombre......


Probe Don Migué que ya no sabe.....
Ozú con lo que dicen en Cantabria que hizo el probe de Don Migué, gracias a Dios en Badajó no se dice ná de ná que pa eso es Don Arcarde y además Senaó y manda musho pero que musho en la capitá.
Ay que penita me da, que malos, pero que mu malos que son estos socialistas mira que decí estas cosas de Don Migué, y menos de su santa mujé.
Malos que son mu malos.
Al Alcalde Badajó lo han pillao, lo han pillao, lo han pillao......... Gracias a Dios.

Badajoz porta do Alentejo



O Elvas o Elvas, Badajoz a vista.

Los grandes cambios siempre comienzan con pocos comprometidos. Lo que marca la diferencia con lo establecido también comienza con pocos. Nosotros éramos al principio muy pocos y ahora somos muchos los que pensamos que Portugal es algo más que una cosa que siempre ha formado parte del paisaje.
Superados viejos desencuentros, hoy la realidad de las relaciones entre España y Portugal tienen en Badajoz un vértice muy importante, un vector que puede aglutinar – en armonía y cooperación – instrumentos de desarrollo y creación de riqueza que repercutan por igual en el desarrollo de los municipios de su entorno, en Extremadura y el Alentejo y, por extensión, a ambos países en conjunto.

Las sinergias que desde ambas partes de la antigua raia fronteiriça se han ido generando, la superación de los ancestrales recelos, la apuesta seria por conocer las señas de identidad: culturales, económicas, lingüísticas, etc. de los habitantes de ambas zonas son una muestra palpable de que las políticas de cooperación, colaboración, intercambio y proyectos en común pueden vertebrarse si se supera el viejo concepto de superioridad, que tanto molesta al ciudadano lusitano. Badajoz es una ciudad llamada a ser motor y cooperador necesario frente a una sociedad que desea articular mecanismos de desarrollo común, de cooperación fructífera, del uso racional y sostenible de sus potencialidades endógenas. En ese camino común, compartido, debe nacer una nueva estrategia de que permitan compaginar y armonizar desarrollo con sostenibilidad y con calidad de vida, frente a caducos modelos de desarrollismo obsoleto; debe alumbrar una nueva filosofía de innovar, de poner en valor la calidad frente a la cantidad, lo genuino frente a lo común, lo específico frente a la generalidad, y ese esfuerzo debe entenderse desde la ciudad de Badajoz, para asumirlo en plano de igualdad con la articulación de sólidos lazos – en la extensión total del término -, que permitan que los poderes públicos, las administraciones sean los catalizadores e instrumentos necesarios, pero son solo parte de un engranaje más complejo, acompañan, moderan, no imponen ni marcan el camino, ese camino lo hacen los ciudadanos libres y responsables, es la sociedad civil la que quiere ver a sus representantes estar en el camino adecuado, pero a esa sociedad civil no le gusta el tono imperativo, el querer ser el protagonista de una esperanza que Badajoz debe hacer realidad, pero Badajoz debe ser generosa, debe saber escuchar, tener la fibra sensible para entender que cualquier chasquido o nota discordante hará que la esperanza se marchite, y no debe ni puede marchitarse. Construir puentes, hacer realidad esperanzas de desarrollo y progreso, son fruto del diálogo, del acercamiento, de la puesta en valor de las señas culturales de dos países que se saben diferentes pero que desean un mestizaje pacífico, un acercamiento de proximidad, pero teniendo siempre en cuenta que cada uno desea preservar sus propias señas de identidad.

Badajoz fue pionera en ese trabajo de prospección, hoy está llamada a dar un paso más en la articulación de esa nueva sociedad, de una nueva forma de mirar, escuchar y entenderse con aquel que está dispuesto a ser mirado, escuchado y desea expresarse con libertad. Muchos, ahora por fin, conocemos el lenguaje, el camino, el paisaje, el paisanaje y además, siendo esto lo más importante, estamos dispuestos a compartir con ellos ese proyecto ilusionante, un proyecto que aún necesita limar estrías y ciertas asimetrías y desigualdades, pero con paciencia tozuda, con el tacto de saber escribir con líneas rectas, con la capacidad de permitir que la fina lluvia empape a unos y otros, estamos convencidos que erradicaremos, para siempre, ese viejo adagio portugués que dice: “Da Espanha, nem bom vento, nem bom casamento”, cambiar la ortografía de los idiomas ricos en matices, para crear una nueva metáfora que diga: “Da Espanha, chegam pela cidade de Badajoz, novos ventos e a alegría de um feliz casamento”.

Los tiempos marcan las oportunidades, los ciudadanos construyen la nueva armonía, debemos hacer ese esfuerzo, soplar con fuerza, insuflar ánimos, tender lazos fuertes, abrir de para en par nuestras mentes e imaginar que un día, no muy lejano, Badajoz es la primera ciudad ibérica, una ciudad donde unos y otros, son algo más que consumidores, mercancías o potenciales clientes, son la misma cosa: ciudadanos libres que están construyendo juntos un futuro de cooperación común, generando confianza mutua, articulando redes de complicidad ciudadana, empresarial, cultural, etc., redes que una vez estén puestas en funcionamiento hagan de Badajoz una ciudad abierta, una ciudad donde alegría y saudade sean parte de nuestro acervo identitario, un modelo a seguir, una mezcla de culturas fruto de un intercambio pacífico, impregne de una identidad propia a una sociedad nueva que sintiéndose orgullosa de sus señas propias, es generosa, asume lo que estando tan próximo siempre separó, y hoy debe unir, esa es la apuesta y ese camino ya no tiene retorno posible.

A esa tarea colectiva, a esa empresa de construir juntos, estamos llamados todos, de nada servirán inversiones millonarias, infraestructuras insospechadas, desarrollo y riqueza, sino somos capaces de comprender que par escribir de nuevo la historia hay que usar dos plumas y dos tinteros, pero un mismo papel, en ese papel iremos añadiendo día a día, como los viejos historiadores, los hitos alcanzados en la construcción de esa nueva ciudad que un día será Badajoz, pero sólo se podrá escribir en esa hoja de ruta si lo hacemos al unísono, con el mismo compás, con la misma sintonía, con la generosidad y la altura de miras, perderse en lo inmediato, es destruir algo que aún no ha germinado. Que nadie quede atrás en esta tarea que abrirá de par en par el resurgimiento de una ciudad que ya no será ni de aquí ni de allí, será el crisol en el que confluyeron dos pueblos, que hartos de ignorarse, un día decidieron algo tan simple como trabajar juntos, generando y exportando su modelo como una conquista de la tolerancia, la concordia y la capacidad de saber entender y comprender, que juntos podemos, separados poco lograremos.

Seamos como nuestro común Río Guadiana, caminemos juntos hasta el mar, ese mar que cada día está más cerca de una ciudad que quiere ser dueña de su futuro, no esclava de su pasado.


lunes, 26 de febrero de 2007

Salvemos a las ballenas

Salvar a las ballenas.

Bienvenido a la comunidad de Greenpeace contra la caza de Ballenas. ¡Tu puedes frenarla para siempre! La flota ballenera japonesa ya está en el Santuario Ballenero del Océano Antártico, ejecutando su plan de matar a 935 ballenas Minke, y 10 ballenas Fin (o de aleta), estas últimas en peligro de extinción. Nuestro barco, el Esperanza, ya partió hacia el Santuario para evitar esta matanza. El año pasado nuestros activistas lograron salvar 82 ballenas arriesgando sus vidas entre las ballenas y los arpones. Y ahí estarán de nuevo, pero esto no alcanza para salvarlas a todas. Súmate ahora a nuestra tripulación. Regístrate en nuestra comunidad on line donde encontrarás todas las herramientas que necesitas para defender a las ballenas con tus propias acciones y campañas. ¿Qué puedes hacer? Ya tenemos una persona que organizó un torneo de fútbol por las ballenas, y tenemos a una mamá que lanzó su campaña “Bebés por las ballenas!”. Tu puedes hacer la campaña que gustes. Solo tienes que registrarte. Podrás subir tus fotos, ideas y videos, armar tu propio blog, invitar a tus amigos, y participar de todos los foros y eventos. Tenemos que generar presión pública para que los gobiernos de muchos países de quienes depende el futuro de las ballenas tomen conciencia de que esto debe terminar. Por eso estamos trabajando en todo el mundo, y por eso te pedimos que te sumes. Te doy un ejemplo. Los daneses quieren y defienden a las ballenas, pero el Gobierno Danés fue invitado por el Gobierno japonés a una reunión para conversar sobre la caza comercial. Por eso, en este momento tenemos que ayudar a los daneses a convencer a su gobierno de que no vaya a Japón. ¿Qué vas a hacer? Ya hay vikingos preparando una fiesta de protesta. tu puedes hacer muchas cosas, que te diviertan, y sirvan para luchar por la vida de las ballenas amenazadas en el Santuario. Entra ahora a la comunidad, regístrate ¡y empieza tu campaña hoy mismo! Allí mismo te irás enterando de cuáles son los futuros objetivos sobre los que vamos a tener que trabajar, esto recién empieza y hay mucho por hacer, ¡embárcate con nosotros ahora! Recuerda, 945 ballenas cuentan con tu ayuda. Importante. - Recuerda que todas las acciones deben ser pacíficas, que somos una organización que está en contra de la violencia en todas sus formas. Si tu propuesta es positiva, ¡más gente te va a acompañar! - Invita a tus amigos, una vez que te registres, envía este mail a tu familia, tus amigos y contactos! -
Es muy sencillo y emocionante.
Esta vez tu serás protagonista de la campaña, ¡Súmate ahora!

domingo, 25 de febrero de 2007

Acebes o Aceves y Alcaraz los del mariachi





















Yo tenía un chorro de voz. Dueto de Acebes y Alcaraz (Corrido mexicano)


Yo tenía un chorro de voz,
yo era el amo del falsete. . .
¡ay, laralai. . .!;
por el canto me di al cuete
y por fumar me dio la tos,
y de aquel chorro de voz
sólo me quedó un chisguete.


Cantaba un titipuchal,
las chamacas me admiraban,
por mis cantos suspiraban
y yo me daba a desear,
pero hoy que quise cantarlos gallos se alborotaban.


Pobre voz que anda al garete
por la parranda y el cuete,
por fumar y por la tos;
cuando quiero echar falsete
sólo sale un vil chisguete
de aquel gran chorro de voz.


Yo tenía un chorro de voz
y me gustaba gritar,
me admiró Aznar,Rajoy y otros dos;
pero del chorro de voz
sólo me quedo el chisguete.


Anteanoche me fui a manifestar,
convocaba Esperanza Casimira,
al primer compás de lira
comenzaron a gritar:
-El sombrero y la chamaca del señor que se retira.

Al que toma y al que canta
se le pudre la garganta como a mí me dió la tos;
cuando quiero echar falsete
sólo sale un vil chisguete
de aquel gran chorro de voz.

Andele vaya par de cuates requetechulos.


Que vivan Acebes y Alcaraz carajo.



Para comenzar bien el día





Vidas ejemplares.

Sin ánimo de ofender ni de herir sensibilidades, es bueno recordar algunas vidas ejemplares, se trata simplemente de refrescar la memoria de tanto descreído.


Santo Tomá Delfrasco Carrasco.

Nació en Barbastro en 1167 en el seno de una humilde familia dedicada a las conservas de carne de simio viudo. A muy tierna edad, e intentando hacer una mousse con uno de los simios, introdujo ambas manos en dos botes al vacío. Al hacerle ventosa no había cojones de sacárselas de allí, por lo que el padre optó por reventar los botes con un mazo mientras gritaba “¡¡Que le doy al frasco carrasco!!” Desde entonces una variante de esa expresión pasó a ser su nombre, dedicando el resto de sus días a proporcionar aire fresco a su familia moviendo frenéticamente sus manos aplastadas, casi planas, durante los calurosos estíos que soportaban, a modo y manera de abanico humano. Durante el invierno le atan a las manos unas brasas, lo que permite calentar la vivienda sin gastar un duro. Para sacarse un sobresueldo, en las fiestas del pueblo, los mozos le pintan las manos con la cara del alcalde y lo sacan en los desfiles para ahorrarse los banderines.

San PeterBurgos

También conocido como Pedro el de Burgos, nació en la citada ciudad en 1287. Después de dedicarse con fervor a la elaboración de morcilla de arroz, abrió un local tipo Fast-Food en la ciudad soviética del mismo nombre, donde vendía bocadillos del citado manjar. La aventura le duró dos telediarios, como los del Gabilondo en La Cuatro. Lo de Fast era un decir, porqué mientras que mataban al cerdo y tal, al cliente se le hacía un poco tarde. En vista del fracaso, retornó a su ciudad natal y montó una heladería donde su especialidad era el Polo de Chorizo. Teniendo en cuenta que en Burgos no es que haga mucho calor precisamente y debido a la textura y a la no caducidad del citado producto, el negoció fracasó, ya que los clientes podían estar chupando el mismo helado durante varios meses. Es más, algunos clientes llegaron a denunciarle alegando que de tantos meses chupando lo mismo les habían salido unas morreras de espanto.

Santa Símetro

Patrona del gremio de taxistas desde 1129, fecha en la que se produjo el conocido episodio mariano del advenimiento del “Burrotasi”, que pasamos a relatar…Un buen día la Santa se dirigía a casa de su abuelita para darle dos collejas por no haberle comprao para los Reyes la Nancy Soldevila, la Nancy asesina, la muñeca sin código ni moral (Dicha muñeca venía con un pequeño microondas donde metía la cabeza de sus amiguitos). Como la casa de la agüela le quedaba bastante lejos, se agenció un burro del corral de su tío, el mudo. Este, sin mediar palabra, le dijo por señas que aquello tenía un precio, que el burro se le desgastaba de tanto paseo (-el mudo era muy bueno con los gestos-). A la santa no se le ocurrió otra cosa que ponerle al jumento cuatro cojinetes en las pezuñas, un contador de metros clavao con una alcayata entre las orejas, y una pila de petaca en las pelotas. De esta forma, y a peseta el metro, al regreso de su visita, pudo recompensar a su tío por el desgaste del burro. Desde aquel entonces al chisme que usan los taxistas para cobrarnos los trayectos se le llama TASÍMETRO.

Santo Comocho

Nació en el barrio de Lavapiés en 1134, en el seno de una familia de conocidos trileros de la zona. A muy tierna edad ya no tenía una idea buena. Un día montó un chiringo en el Camino de Santiago con un cartel que decía “SE CAMBIAN PEINES DE MACARRA Y LACA DE GARRAFÓN POR BOTAS DE PEREGRINO” Desde entonces en Santiago entienden porqué muchos peregrinos llegan descalzos y con “tol pelo patrás”. En la actualidad sus descendientes se dedican a dejar sin un duro a los guiris que nos visitan, rifando tranvías y con otras maldades varias.

Perdonen caballeros y damas la licencia, no es para ofender al clero, ni creyentes, es tan solo para hacer este blog un poco más llevadero.

Obrigado pela vossa atençao.






sábado, 24 de febrero de 2007

Cuando se llenan las alforjas












Nada cae en saco roto.


Guillermo ha estado en Badajoz, volvió a la ciudad en la que vivió durante algún tiempo, y se despide de ella entre los suyos, los que lo aprecian, los que le desean la mejor de las venturas en su ardua tarea de seguir construyendo Extremadura, pueblo a pueblo, ciudad a ciudad.
Parada y fonda en Badajoz, visita a una ciudad rota, desvertebrada, asimétrica, llena de jirones y de algo mucho más grave: desigualdades.
Con su bonhomía, su aspecto simpático, su buen tono y su mochila llena de sensanciones, volverá de nuevo a pisar otras localidades de Extremadura.
De Badajoz se llevó lo que esta ciudad es, hoy y ahora, escuchó mucho y habló poco, miró, contrastó, se aproximó a los ciudadanos anónimos y echó una manita a Paco Muñoz en su tarea de ser el nuevo Alcalde socialista de Badajoz.
Relajado, con muchas ideas, con muchas imágenes fijas en la retina, puso esas gotas de proximidad a los que no necesitamos convercernos de que es la mejor apuesta, pero si nos volvió a demostrar que es una persona que merece la pena por su humanidad y su proximidad.
Un día dejó la ciudad para volver a su Olivenza natal, después del 27 de mayo vivirá en Mérida, ayer cuando volví a mi casa después de haber asistido a la cena de fraternidad socialista en el Hotel Río, allá por las 1,30 horas, y torcía en la esquina de la Calle Arco-Agüero con San Blas para entrar en la cochera de mi casa, pude oir voces en la lúgubre y oscura cochera, la plaza de Guillermo estaba vacía, su coche ya no volvería nunca a estar donde estaba. Se que hace tiempo que vendió su vivienda y su plaza de garaje, pero ayer oi resonar su voz con la misma claridad que hace años oía cuando educadamente se cruzaba conmigo y me deseaba educadamente buenos días, era verdad había vuelto y me deseaba buenas noches con la misma simpatía de siempre.
Pero algo muy importante había cambiado, su voz era más próxima, más cálida, ahora somos compañeros y compartimos muchas cosas, antes tan solo... eramos vecinos.

Cuando la soledad mata


Morir en soledad en nuestras sociedades.

Ciento nueve personas mayores de 65 han muerto en soledad en Madrid desde el comienzo de 2006 hasta hoy. Los mayores en París, Londres y el resto de grandes ciudades europeas han tenido suertes similares, especialmente en las épocas de calor que asaltan a personas desprevenidas y desorientadas por la falta de contacto humano.
Los seres humanos nos enfrentaremos a nuestra muerte en algún momento de nuestra vida. Pero duele pensar en una agonía que no tuvo respuesta hasta la muerte y en que un cuerpo haya sido hallado días y a veces meses más tarde por el ladrido incesante de un perro, por el ruido de la televisión o por el fuerte olor a descomposición.
Un profesor de idiomas preguntó a sus alumnos: “¿Cuál es el momento que determina la entrada de una persona a la vejez?” Uno de ellos respondió en su francés recién aprendido que “cuando deja de trabajar”. Esta respuesta refleja el modelo social de hoy en Europa, y en el mundo desarrollado, que convierte la vejez en un golpe repentino y no en un proceso que se da a lo largo de los años y que en cada persona se manifiesta de forma distinta.
La arbitrariedad de una cuestión laboral determina el tipo de vida que llevará una persona a partir de cierta edad. Parece como si las generaciones jóvenes presionaran para que estas personas cobren una pensión sin “molestar” a nadie mientras evaden su soledad frente al televisor que no dejará de decirles que sólo caben en esta sociedad la juventud y la belleza. Quizá no sea la persona quien apague ese televisor, sino que lo haga la policía, los servicios médicos o los forenses.
Las personas jubiladas tienen aún mucho que ofrecer a la sociedad. En Italia, un hombre joven encontró hace unos días a su abuelo congelado en la nevera del sótano de la casa donde murió hace siete años. El padre de este joven fingió llevar al abuelo a una residencia en otra ciudad para que se “curara” y lo congeló para no dejar de recibir la pensión mensual.
El sentido del vivir se pierde cuando las personas se convierten en medios para alcanzar un fin. Así pasa con todas las ideologías. Como el socialismo real que utilizó al hombre como herramienta para llevar a todo el mundo la revolución bolchevique. La nueva aurora nunca se asomó por el agotamiento de los pueblos oprimidos por un nuevo tirano. Hoy se trata de otra tiranía que tiene como fin producir cuanto más mejor para que las personas consuman más y sean reconocidas en función de lo que tienen.
Los países del Norte han exportado al Sur su modelo de consumo. Antes de que imiten también sus valores, conviene reafirmar el valor que se le da desde antaño a la figura del mayor como fuente de sabiduría. En algunos países de África, la muerte de un mayor se vive como se vivió el incendio de la biblioteca de Alejandría, porque deja de existir una fuente y un transmisor de saber y de valores.
La colonización consistió en decirles a los pueblos conquistados cómo tenían que vivir. Hoy, el Sur puede responder a países como España, que es la octava economía mundial, un Estado de Derecho con cuatro pilares y una sociedad de bienestar, que “una sociedad que no se ocupa de sus mayores está condenada al fracaso”, como explicó un concejal madrileño en protesta por la falta de recursos para las personas mayores.
Pero ni siquiera en el mundo desarrollado está todo perdido. Hay miles de voluntarios de organizaciones de la sociedad civil que han asumido un compromiso de participación ciudadana y de no idiotez (la falta de participación en lo público para los griegos de la antigüedad). Es posible comprometerse con una persona mayor para visitarla una vez a la semana en su casa, dar un paseo, acompañarla al médico, al banco o a cualquier otro sitio que sirva como excusa para compartir un rato y hablar. O para visitar a los enfermos que reciben menos visitas en los hospitales y que, en su mayoría, son personas mayores. Mientras el gobierno diseña y promueve leyes de pensiones y asistencia básica para estas personas, la sociedad civil debe despertar de su letargo para devolver al ser humano el único sentido del vivir: hacerlo para los demás.

El poder de los laboratorios



¿Quosque tandem abutere patientia nostra?

El medicamento contra el cáncer de Novartis, el Glivec, puede aumentar su precio de 150 euros a más de 2.000 euros al mes si la farmacéutica suiza gana el juicio contra la ley de patentes india. Organizaciones, como Médicos sin Fronteras (MSF) o Intermon Oxfam, denuncian que no sólo está en juego la elaboración de este medicamento en genérico sino que se “cierre la farmacia de los pobres”, como algunos denominan a este país asiático.
India es el mayor proveedor de medicamentos genéricos de alta calidad y bajo coste para países empobrecidos, que no podrían pagar los altos precios de mercado de los laboratorios. Además, los fármacos genéricos contra el sida fabricados en India suponen más de la mitad de los que se utilizan en el mundo desarrollado, el 50% de los medicamentos que distribuye Unicef o el 70% de los utilizados en el programa de Estados Unidos contra el sida. Así, si prospera la demanda de Novartis, las consecuencias para el acceso a los medicamentos pueden ser catastróficas. Los más pobres tanto del Norte como del Sur no podrán costearse el tratamiento de sus enfermedades.
Las organizaciones de salud que trabajan en India explican que tan sólo la mitad de los que necesitan un tratamiento contra el cáncer pueden permitírselo en ese país. Mientras, la otra mitad aún no tiene acceso a ningún tipo de fármaco.
Los laboratorios explican que sin el sistema de patentes dejará de haber investigación de medicinas más eficaces contra las enfermedades. “Que no habrá nuevos medicamentos ni para ricos ni para pobres”. Las farmacéuticas invierten alrededor de 700 millones de media para la investigación de un nuevo producto. Su único modo de amortizar esa inversión, advierten, es a través de la exclusividad comercial. Sin embargo, esta idea choca frontalmente con el derecho fundamental a la vida. Un tercio de la población mundial no tiene acceso a los medicamentos indispensables para tener una buena salud. Más de 30.000 niños mueren cada día por enfermedades que se pueden prevenir y once millones de personas mueren cada año por enfermedades que tienen cura con acceso a medicamentos seguros y baratos.
En 2001, los países miembros de la Organización Mundial del Comercio (OMC) llegaron al acuerdo de que las leyes de patentes dejarían de tener vigor si se estaba ante una crisis sanitaria. Las ONG sanitarias denuncian, sin embargo, que este acuerdo no ha llegado a ponerse en práctica de manera real. “Los laboratorios siempre han abortado las iniciativas de los países del Sur”, denuncia MSF. Pero no sólo las farmacéuticas han cortado la posibilidad de tener acceso a los fármacos, algunos gobiernos condicionan la Ayuda Oficial al Desarrollo (AOD) a que los países firmantes respeten las patentes.
Si Novartis gana el juicio, se abrirá la caja de Pandora en varios frentes. Por un lado, países como Brasil o Sudáfrica podrán ser obligados a dejar de fabricar medicamentos genéricos a bajo precio, que tan buen resultado están dando en el control de enfermedades endémicas como el sida. Por otro lado, hay 9.000 solicitudes de patentes esperando ser revisadas en India. Los que más preocupan, 10 antivirales utilizados como segunda línea de tratamiento contra el sida.
Las farmacéuticas no dejan de ser empresas, cuyo fin es ganar dinero. Sin embargo, por su labor social “el fin no justifica los medios”. Los grandes laboratorios tienen en sus manos la salud y la vida de millones de personas. Enfermedades como la malaria no tienen vacuna porque sólo las poblaciones de los países del Sur la sufren. Sin embargo, cada año surgen nuevos productos contra la obesidad, la celulitis o la caída del cabello. La respuesta la daba el Premio Nobel de la Paz, Desmod Tutu: “Las personas, no los beneficios, deben estar en el centro de la ley”.

viernes, 23 de febrero de 2007

¿Amistades peligrosas?


Rosa Díez, malas compañías.

Un socialista puede discrepar, es su derecho, pero no puede estar públicamente haciendo fe pública de que se está por encima del bien y del mal, agravado el asunto cuanto se tiene un escaño de eurodiputada en el Parlamento Europeo.

Libertad de expresión, a discrepar, a exponer ideas, a contraponerlas, pero dentro del respeto a los que democráticamente dirigen el PSOE, pero parece que Rosa Díez va por otro camino.

La compañera Rosa Díez no se siente protegida dentro de nuestro partido por ser una minoría discordante. De hecho, la eurodiputada critica que, en España, “te estigmatizan por defender valores de común acuerdo con la otra gran fuerza política” del país.


Estas palabras las pronunció en Madrid en un coloquio de Con Vosotros, asociación que coincide en objetivos con la AVT, el Foro de Ermua y Basta Ya. En el acto, también estaba presente Isabel Tocino, ex ministra del primer Gobierno de José María Aznar. Díez comentó que a los miembros del PP vasco no les considera sus adversarios. Más bien “compañeros”, mientras tengan la obligación de “mirar debajo del coche cada mañana”.

Compañera, con cariño y afecto, medita y piensa, exprésate y defiende tus posiciones, pero por favor te ruego que en el seno de nuestro Partido, todos cabemos, tú también.

Un abrazo fraternal.



Lula, uma esperança certa





http://200.155.6.7/campanha
















http://www.pt.org.br/site/assets/programagobierno.pdf






1- Já está na agenda pública dos debates do III Congresso Nacional do PT a relação entre o socialismo democrático do PT e a cultura do republicanismo. Na boa tradição petista, a polêmica é não apenas esclarecedora mas permite corrigir desequilíbrios na formulação original, parcialidades de pontos de vista, enriquecer, enfim, os conceitos através da experiência vivida e pluralmente avaliada.
2- Há dois tipos de argumentos que podem opor resistência ao enriquecimento do socialismo democrático pelos valores do republicanismo. Um que aponta a desnecessidade, a inoportunidade ou falta de amadurecimento deste debate. Outro que indica o sentido potencialmente diluidor da dimensão socialista do PT em uma situação na qual o que se trata, frente a um período recente de depressão da identidade socialista, é exatamente acentuar o vermelho da estrela. Ambos os argumentos são legítimos e contribuem para avançar a compreensão dos necessários avanços a serem produzidos na identidade socialista democrática do PT.
3- O argumento da desnecessidade, inoportunidade ou falta de amadurecimento deste debate tem um fundo evidentemente pragmático ou revela uma compreensão muito parcial e limitada da grave crise vivida pelo PT e pela nossa primeira experiência de governar o país. Na verdade, desde que o PT se colocou historicamente na iminência de vir a governar o país e, de modo mais direto, desde que passou a liderar a coalizão política que governa o país, colocou-se a necessidade incontornável de definir com mais clareza as relações da identidade do PT com o Estado brasileiro. É correto falar, então, de uma informulação na vida recente do PT, isto é, a sua identidade e o seu programa, em uma dimensão central, estão defasados em relação aos desafios práticos que tem que responder.
4- Esta informulação ou defasagem central está na origem dos grandes problemas recém vividos. A falta de clareza nas relações entre a identidade do PT e o Estado brasileiro abriu um flanco para a oposição liberal-conservadora, desde a campanha eleitoral de 2004, deflagrar uma ampla campanha histérica de acusação ao PT de procurar instrumentalizar o Estado brasileiro a seu serviço, repetindo aqui o viés totalitário que, segundo os liberais, marcou a experiência da esquerda revolucionária. No interior do próprio governo Lula surgiram fortes disputas entre petistas que ocupavam ministérios chaves sobre qual a relação estratégica das instituições do Estado com o mercado, em particular o financeiro. Enfim, a crise instrumentalizada pela mídia liberal conservadora evidenciou o quanto a experiência do PT estava a dever aos princípios de uma ética republicana no seu exercício de governar o país, conformando-se a práticas amplamente disseminadas no sistema político brasileiro tradicional.
5- Não é correto, por outro lado, argumentar que a definição democrática do socialismo petista é suficiente como resposta a esta questão. A identidade democrática do socialismo petista, como aprendizado crítico das experiências que procuraram impor o caminho da construção do socialismo de forma autoritária ou coercitiva, foi fundamental para expor publicamente os compromissos do PT com o princípio da soberania popular, do pluralismo político, religioso, cultural e com o aprofundamentos dos direitos humanos, civis e da liberdade. Para o PT, de modo central, passou a haver uma dialética de enriquecimento entre o socialismo e a democracia. Mas estes princípios básicos de auto-governo, de pluralismo e de direitos não são suficientes para esclarecer qual alternativa o PT oferece ao dilema entre a solução que concentra na capacidade racionalizadora ou diretora do Estado a solução ou aquela que outra que vê nas virtudes do mercado o centro da vida social, ao qual o Estado deve se ajustar e promover.
6- O socialismo democrático do PT é uma construção histórica que se faz consultando a experiência do povo brasileiro e as tradições do socialismo internacional. Neste sentido, é preciso reconhecer que tanto na experiência social-democrata, nas suas variantes de origem, seja no reformismo de Berstein ou de Kautsky, como nas vertentes que se desdobraram na experiência russa, predominaram amplamente as concepções estatistas ou estatizantes do socialismo. Contra estas tradições e esta memória, inscrita nas culturas do socialismo com as quais nos relacionamos, é preciso colocar no centro a noção de esfera pública como alternativa à autocracia do Estado ou à heteronomia do mercado. A noção de esfera pública – definida como o Estado democratizado e submetido a controle social, a regulação do privado sob critérios universalistas e a expansão das formas asssociativas, comunitaristas, solidaristas, cooperativas da sociedade civil no plano econômico, político e cultural- é central para o PT lidar com as transformações necessárias do Estado brasileiro, na atualidade e em perspectiva. Ela permite trazer para o centro da vida do PT dilemas fundamentais como o da ética pública, da formação da opinião pública, da economia do setor público, esclarecendo o próprio sentido da relação do socialismo democrático com a construção interrompida da república brasileira.
7- O argumento de que a cultura do PT não está amadurecida para enriquecer a sua identidade socialista democrática com os valores do republicanismo implica em desconhecer um conjunto de valores, procedimentos e intuições não devidamente conceitualizadas que já estão presentes entre nós. Desde o princípio da década de noventa, a cultura do PT passou a se relacionar intensamente com o rico estoque de conhecimentos e soluções para o desenvolvimento do país contida nas tradições republicanas e democráticas do nacional-desenvolvimentismo. Passou a compor na sua projeção de coalizão forças políticas que vão muito além da tradição socialista, identificando que há desafios de sentido nacional, social e democrático que percorrem toda uma pauta de direitos republicanos básicos. A noção de que deve governar para todos, como vetor básico de inclusão social, de atenção prioritária aos direitos daqueles que foram deserdados desde sempre até do direito de ter direitos, está no centro da sua marca no governo central do país. Cada vez se tem mais consciência de que o PT deve se relacionar, ao se enraizar nas camadas profundas do povo brasileiro, não apenas com a sua dimensão classista dos trabalhadores mas com as identidades culturais formadas pelo povo brasileiro. São todos elementos de uma cultura republicana que já freqüentam a vida do PT à espera de uma recepção conceitual e de um esclarecimento da sua identidade.
8- São compreensíveis e, de um certo ponto de vista até necessários para o debate, os receios de que o debate sobre a relação da identidade do socialismo democrático com o republicanismo implique em uma diluição. Em geral, na linguagem corrente e não da filosofia política, se relaciona república simplesmente a um forma de governo oposta à monarquia. Trata-se, no entanto, de uma corrente política, de pensamento, de valores e práticas, cuja expressão moderna teve origem no Reanscimento italiano, tendo influenciado correntes na República holandesa, e principalmente nas revoluções inglesa, americana e francesa. Como tal, ela é alternativa à tradição clássica liberal em pontos chaves: na concepção da liberdade, nas relações entre igualdade e liberdade, na compreensão do direito de propriedade, na concepção de cidadão e comunidade política. Além disso, assim como a maioria dos que se chamam democratas não são socialistas, o mesmo ocorre com o republicanismo.
9- Mas não seria justo a partir daí concluir que a incorporação de valores e práticas republicanas à nossa identidade socialista democrática implica em relativizar ou diluir o socialismo e muito menos fundir socialismo com liberalismo. Trata-se exatamente do oposto: de como responder ao desafio de tornar valores e práticas socialistas mais presentes na vida e futuro do PT.
10- O socialismo é muito mais do que um modo de organizar o poder político e social (como define a democracia) ou de como elaborar os fundamentos da comunidade política (como pretende o republicanismo). Ele é mais do que um modo de produção alternativo àquele dominado pelo capital. Na ampliada definição de Gramsci, ele é um princípio de civilização alternativo ao liberalismo, o que significa ser capaz de projetar um modo de reorganizar a vida social com outra lógica de poder, de economia, de relação com a natureza, de organização da vida internacional, de valores culturais que dão sentido à vida pessoal e coletiva. Assim, quando afirmamos que a nossa identidade socialista é democrática estamos relacionando o seu caminho de construção à busca do auto-governo e quando indicamos que o nosso socialismo democrático é republicano estamos formulando a perspectiva da centralidade da esfera pública neste caminho e nesta construção. Tais qualificações são, de um lado, fruto de uma avaliação crítica do passado das tradições socialistas, e, de outro, uma nova e rica maneira de colocar o tema da transição ao socialismo.
11- Da mesma maneira que a conquista da identidade do socialismo democrático realizada pelo documento “ Socialismo petista” protegeu a unidade do PT em tempos difíceis de pressão neoliberal e esclareceu o sentido estratégico de um conjunto de práticas de democracia participativas postas em práticas nas experiências de governo municipal, por exemplo, a identidade republicana do socialismo democrático permitirá aclarar os nossos valores socialistas frente ao complexo desafio de governar o país. Ao indicar o sentido estratégico da construção de um novo Estado, centrado na esfera pública, ela ajuda a proteger a cultura do nosso partido e as ações do governo do risco maior de se adaptar ao Estado brasileiro, de tomá-lo como um instrumento neutro das transformações, de diluir a identidade petista no trabalho da coalizão. A construção da esfera pública permitirá esclarecer a natureza classista do atual Estado brasileiro, o quanto ele ainda está distanciando de uma apropriação democrática para todos.
12- O esclarecimento do sentido republicano da nossa identidade, dos nossos valores, da nossa prática é a melhor resposta que podemos dar à crise vivida, no sentido que abre a perspectiva de um futuro sem esquecer as lições do passado. Ele permite uma postura partidária muito ofensiva na luta pelo desenvolvimento com distribuição de renda, pela reforma política, contra a resistência dos grandes monopólios da mídia a uma mínima regulação democrática, contra o poder financeiro nas instituições do Estado brasileiro legitimado segundo uma retórica liberal, contra o poder centenário dos latifúndios no campo apoiado em culturas anti-republicanas.. A “gramática do público”, de compor Estado democratizado, com regulação e expansão das formas associativas, permite legitimar amplas reformas estruturais que devem caracterizar um período de revolução democrática.
13- Na cultura do PT, temos aprendido o valor dos versos do poeta Antonio Machado, “Caminante, son tus huellas/el camino, y nada más;/ caminante, no hay camino,/se hace camino al andar.” A incorporação dos valores republicanos ao socialismo democrático nos ajuda a caminhar e a construir um novo caminho.

Luis Inácio "Lula" da Silva pra frente.





jueves, 22 de febrero de 2007

Paco Muñoz mi futuro Alcalde.



Paco Muñoz, mi nuevo Alcalde.




Decía José Martí en su poema "Mi verso es como un puñal"

Mi verso es como un puñal
que por el puño, echa flor.
Mi verso es un surtidorque da un agua de coral.
Mi verso es de un verde claro
y de un carmín encendido.
Mi verso es un ciervo herido
que busca en el monte amparo.
¡Penas! ¿Quién osa decirque tengo yo penas?
Luego,después del rayo,
y del fuego,tendré tiempo de sufrir.
Yo sé de un pesar profundo
entre las penas sin nombres:
¡la esclavitud de los hombres
es la gran pena del mundo!
Paco, compañero del alma compañero, más temprano que tarde será realidad el sueño de muchos ciudadanos de Badajoz de volver a poder pisar las calles nuevamente, respirar, oxigenarnos y construir entre todos una nueva ciudad.
Compañero, nos duele esta ciudad, nos duele como la han dejado algunos, en mayo las rosas rojas nos devolverán la esperanza de recuperar una ciudad para todos.
Ánimo Paco que tu esfuerzo tendrá la recompensa que mereces.

Zeca Afonso. 20 anos da sua morte


Zeca Afonso. A voz do povo.

As palavras do Zeca fazem todo o sentido.
Quero relembrar Zeca Afonso como um marco para a cultura portuguesa e alguém que contribuiu para que todos nós tivéssemos uma formação cívica actuante.
Na sua honra e homenagem uma mosntra do seu pensamento:
Curioso é que nós passamos 40 ou 50 anos de uma vida a fazer determinadas coisas e um dia mais ou menos de repente, sem que renunciemos a nada do que fizemos, apercebemo-nos de que tudo deveria ter sido diferente. É apenas uma vaga sensação que se instala, sem que saibamos defini-la muito bem. No fundo sou muito mais contraditório e supersticioso do que quis admitir ao longo dos anos."

"Eu sempre disse que a música é comprometida quando o músico, como cidadão é um homem comprometido. Não é o produto saído desse cantor que define o compromisso mas o conjunto de circunstâncias que o envolve com o momento histórico e político que se vive e as pessoas com quem ele priva e com quem ele canta.
"Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alibis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta."

" Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for."
E se de todas as bocas saísse hoje a palavra liberdade?
E se saíssemos das casas conforto, comodismo E na rua olhássemos a miséria de frente, A hipocrisia que alastra, O egoísmo do eu feito preocupação diária?
E se em vez de sobreviver Vivêssemos?
E se a indignação fosse decreto, Obrigatoriedade, dever cívico a cumprir?
E se a miséria fosse crime público E quem a permite, julgado e condenado pela lei?
E se disséssemos ao Zeca; Olha pá, tentámos manter Abril vivo Mas os cravos hoje são todos sintéticos como a liberdade.
Olha Zeca, a malta perdeu a memória Esqueceu a história e não vai em revoluções Senta-se no sofá e faz zapping ao mundo.
E o povo Zeca, já não ordena O povo, Zeca, esqueceu o que é fraternidade!
A 23 de Fevereiro de 1987, aos 57 anos, José Afonso, natural de Aveiro, morreu no Hospital de Setúbal, vítima de esclerose lateral amiotrófica.
Até sempre velho amigo e camarada. Grândola é a vila morena e lá sempre é 25 de abril.

Sarkozy pensa em Portugal?








Candidato presidencial está empenhado em envolver comunidade lusa.
Mais de um milhão de portugueses e luso-descendentes vivem actualmente em França.


O site oficial de Nicolas Sarkozy, candidato às eleições presidenciais francesas, vai apresentar semanalmente um vídeo em língua portuguesa com informações sobre a campanha, disse hoje à Lusa o presidente do comité português de apoio ao candidato.
Paulo Marques adiantou que os portugueses residentes em França podem ver, todas semanas, um vídeo com informações sobre Nicolas Sarkozy e a sua campanha.
«As imagens mostram o que foi feito durante uma semana», referiu, adiantando que o site oficial da campanha (www.sarkozy.fr) apresenta ainda vídeos em várias línguas.
O luso-descendentes Paulo Marques, autarca pela UMP (União para um Movimento Popular) em Aulnay sous Bois, arredores de Paris, salientou que a campanha de Nicolas Sarkozy está «muito empenhada» em envolver a comunidade portuguesa nas eleições.
De acordo com o luso-descendente, a sede de campanha está a aberta aos portugueses, que podem realizar várias iniciativas.
Nesse sentido, o comité português de apoio ao candidato vai organizar uma sessão de fados, encontros com empresários, movimento associativo e jovens, além de pretender promover um encontro entre Nicolas Sarkozy e os portugueses.
Por outro lado, Paulo Marques lançou hoje um apelo aos portugueses para que criem comités de apoio em várias cidades francesas.
Os comités, que o luso-descendente espera que surjam em Lyon, Bordéus, Marselha, Clemond Ferrand, Orleans e Lille, têm como objectivo realizar projectos em prol da vitória de Nicolas Sarkozy nas eleições de 22 de Abril.
Paulo Marques, que é também presidente da associação dos portugueses eleitos nas autarquias francesas (CIVICA), estima que cerca de 500 mil luso-descendentes de segunda e terceira geração possam votar para as presidenciais francesas.
«É difícil saber o número exacto de portugueses que votam, uma vez que têm a dupla nacionalidade e são considerados franceses, não havendo uma distinção», explicou, acrescentando que estes números são só uma estimativa.

É curioso, coitados portugas, que um homem nascido na Hungría tem agora muita preocupaçao pelos lusos que moram na França, mais é mesmo política, curiosa, mais política.



Ser uno más y no solo parecerlo.

No se trata de nada nuevo para los que ya lo conocian, eran muchos pero no la mayoría, pero si irrumpe en la sociedad extremeña cuando es elegido como candidato por el PSOE de Extremadura a la Presidencia de la Junta de Extremadura. Se trata de una persona atípica en la RES PUBLICA, aunque haya cincelado algo tan importante como nuestro Sistema Sanitario Público, marca impronta, establece un nuevo modo de ser, estar y aparecer frente a la ciudadanía.

Proximidad, cercanía, andarín impenitente, viajero incansable, bonachón, simpático, buen oidor, atento a cualquier sugerencia, buen conversador y en especial capaz de interiorizar las más cotidianas sensibilidades de los ciudadanos de a pie.

Como los antiguos viajeros del siglo XIX, como los escritores de literatura de andar y de ver, Guillermo Fernández Vara, se mezcla con el paisaje y con el paisanaje, oye, escucha con atención, pregunta, pide opinión, pide permiso para conocer la intimidad del hogar de ciudadanos, comparte mesa y mantel con ellos, reflexiona, recicla y procesa.

Finalizadas sus interminables jornadas de trabajo, con sus notas y con lo que ha aprendido pergeña la realidad de una sociedad viva, la interioriza, la traslada a la cotidianeidad de los ciudadanos, e intenta con la suma de esas experiencias vitales que su mensaje, cristalizado en propuestas, sea lo más próximo a lo que sienten, piensan y desean aquellos que siguen creyendo que el arte noble de dedicarse en cuerpo y alma a la cosa pública, al servicio de los ciudadanos no es una actividad para iniciados, para una casta de privilegiados llenos de múltiples titulaciones académicas o de masters en Universidades de relumbrón. No, es simplemente detenerse en el manierismo, en el detalle, en lo próximo, en lo cercano, en lo que no aparece nunca en los medios de comunicación social: la vida simple de nuestros conciudadanos.

Esa nueva forma de ser, de estar, de aproximarse a la ciudadanía le pueden hacer parecer como una rara avis en este mundo tan complicado, pero no es cierto hay muchos como él, pero en él esas peculiaridades adquieren unas características propias, una impronta con olor, color y sabor. Cristalino como el agua, nítido, leal, comprometido y asumiendo que necesita de los ciudadanos, que necesita que estos lo vean como lo que simplemente es: un ciudadano más.

Gracias Guillermo por ser como eres.

Lendas do Alentejo



Uma luz misteriosa.

As histórias de lobisomens e de bruxas eram vulgares no meio rural tradicional. Maus encontros com animais a horas tardias, doenças provocadas por mau querer (feitiçarias), filtros de amor (beberagens para atrair ou afastar paixões), visões, vozes, são elementos do vasto manancial do imaginário popular sobre forças maléficas.

Há, contudo, outro tipo de histórias que são comuns a várias aldeias e vilas do Alentejo.

É o caso da estranha luz que, de noite, acompanhava os viajantes (normalmente pastores, almocreves e, mais recentemente, tractoristas que de noite procedem às grandes charruadas). Era uma luz que seguia o caminhante sem, contudo, o incomodar. Conheci algumas pessoas que afirmavam terem sido seguidas por essa luz. A luz acompanhava o viajante, seguindo a seu lado, parando quando este parava, e acompanhando a velocidade da deslocação.
Nenhuma das pessoas que conheci, e que afirmavam ter estado em contacto com o fenómeno, esboçou qualquer reacção. Para essa passividade contribuiu seguramente o facto de ser conhecida a reacção da luz quando atacada.
O fim da história que apresentamos é relativamente benéfico. Com efeito, noutras descrições, que a tradição popular registra, a luz, quando hostilizada, conduz à morte do atacante.
História veridica: Algures na região de Beringel (Beja), o meu pai tinha um amigo que não acreditava em coisas estranhas, daquelas que se contam nas aldeias. Naquele tempo, corria o boato de que havia no campo uma espécie de luz de cor vermelha que andava de um lado para o outro, mas que não se deixava ver de perto.Amigos do meu avô afirmavam que já a tinham visto, e esse homem que não acreditava disse, na brincadeira: “Se eu a encontrar, desfaço-a toda aos bocados com o meu cajado” O que vos conto a seguir é a narração do próprio. “Numa noite, eu ia guinado a minha charrete e lá estava à minha frente a luz vermelha parada em cima do muro.
Saí, peguei no cajado e disse com ar forte e corajoso: Já que aí estás, então espera, que já vais ver o que é para a saúde! E assim dirigi-me até junto dela e tentei dar-lhe com o cajado, mas não consegui porque ela se desviou.Continuei à cajadada com ela, mas falhava sempre e ia ficando mais furioso. Voltei para a charrete quando ela se voltou contra mim. Não sei o que aconteceu (parecia que estava levando uma grande tareia) e desmaiei. Os cavalos voltaram para casa e eu fui na charrete como morto. Na manhã seguinte, a minha mulher, já preocupada, foi ver se eu estava dormindo na charrete.
Ela diz que eu estava com a roupa toda rasgada, todo cheio de sangue, que parecia morto. Mas estava apenas desmaiado. Depois a minha mulher tratou de mim e nunca mais quis ouvir falar dessa luz.”

Quo vadis Africa?


Sobre los prejuicios.

En nuestra España se dan y son comunes, como en otras muchas sociedades desarrolladas, algunos fenómenos generales y otros específicos tales como: atentados terroristas desde hace décadas ( el último a finales del 2006), cientos de mujeres asesinadas por sus parejas o exparejas, centenares de muertos en accidentes de tráfico, pederastas que utilizan incluso a bebés, ancianos tapiados en sus viviendas por el acoso inmobiliario, personas que malviven en la calle, prostitución de menores, suicidios de niños por el acoso escolar, maltratos en comisarías y cárceles, abandono de ancianos, drogadicción, adicción al juego, anorexia, bulimia, obesidad, depresiones, SIDA, televisión basura, intoxicaciones, inundaciones, incendios, desapariciones de menores, robos, atracos, maltratro de animales en las corridas de toros, enchufismo, amiguismo, corrupción, evasión de impuestos, piratería, racismo, machismo, errores médicos, alto índice de paro y precariedad laboral, desigualdades sociales y económicas, etc.

¿Qué ocurriría si estas fueran las únicas informaciones que llegaran de nuestro país, a través de los medios de comunicación, hasta otros países? Sin lugar a dudas, la imagen de España sería pésima.


Esto es lo que ocurre desde siempre con la información que se nos presenta del continente africano. Tragedias y más tragedias. Y claro que hay problemas, ¡enormes!, pero también hay muchas personas que estudian y trabajan para llegar a ser algo en esta vida. Hay un montón de personas que montan negocios, que comercian; hay una economía muy dinámica, exportaciones e importaciones, grandes flujos de población que se mueven buscando oportunidades, ciudades con mucha vida cultural, grandes universidades con estudiantes llenos de proyectos. Pero esto no llega a los medios de comunicación. Lo que necesitan los africanos es la confianza del mundo en sus posibilidades, no la piedad, la caridad ni la compasión. Hay que hacer un esfuerzo para cambiar esta imagen falsa de que todo lo africano es negativo, y luchar contra los prejuicios.


Para que África deje de ser el hermano pobre del mundo, hay una pregunta clave: ¿por qué los productos africanos no pueden competir en el mercado internacional?


martes, 20 de febrero de 2007

Em defesa da língua portuguesa


Em defesa da língua portuguesa.

Meio milênio depois da descoberta das Américas e da criação e do desenvolvimento da América portuguesa é bom refletir sobre o produto cultural mais significativo deste processo: a língua portuguesa. Antes de este artigo ser escrito, a Mangueira - Salve a Mangueira! - já havia, na vanguarda da cultura popular brasileira lembrado disto, no belíssimo samba-enredo deste ano.
O Império colonial luso foi formado na mesma época acima citada, indo muito mais longe. Incluiu várias regiões da África e da Ásia. No que viria a ser o Brasil, o Império criou sua mais rica colônia sustentada pelo braço dos autóctones e dos africanos convertidos em escravos e imigrados forçados.
Na África, o mesmo Império organizou o tráfico de seres humanos e a produção de subsistência local. Na Ásia, permaneceu no Japão por um século, mordiscou as costas da Índia, do sudeste asiático e da velha China, chegando à Oceania, onde não se estabeleceu, mais se aproximou com algum interesse das costas australianas.
Como conseqüência destes e de outros problemas, a língua portuguesa tem quinhentos ou mais anos de presença nos quatro cantos do mundo. Mesmo que o português não tenha conseguido se consolidar em todos os lugares por onde passou, de algum jeito deixou sua marca que continua a reverberar. Hoje, sobretudo, a partir do seu maior contingente de falantes, isto é, do Brasil.
No tempo da diáspora mundializada, os falantes do português avançaram ainda mais. Eles estão por toda a parte através da emigração na direção de onde ainda existe trabalho e salários melhores.
Em alguns casos, esta língua, quando está fora do seu território original, contenta-se em ser uma fala da família e/ou da comunidade da mesma origem. As novas gerações dos filhos dos emigrantes para os países mais ricos estão a perdendo. As versões escritas e faladas do português são fundamentais para manter a comunicação viva desta língua no cérebro de todos os envolvidos.
As descobertas e os processos de colonização jamais foram um caminho de mão única. Os colonizadores sofreram influências dos colonizados. Estes últimos também descobriram novas culturas que chegaram por meio da nova língua de comunicação, imposta pelo poder colonial.
Não se sabe muito sobre os sentimentos dos ameríndios, dos africanos e dos asiáticos sobre a língua do colonizador português. Os vencedores construíram suas versões dos fatos. Pode-se imaginar a surpresa inicial e, no próximo passo, a revolta contra a opressão.
Com o tempo, a língua do colonizador transformou-se na principal língua de comunicação. Todavia, houve sempre a incorporação de palavras, costumes, acentos e outras características dos colonizados. Isto é o que aconteceu de modo muito evidente no Brasil e nas colônias portuguesas na África.
Há várias formas de falar e escrever o português. Todas as tentativas de se tentar criar uma forma única - a que seria justa e correta - não conseguiram sucesso. Não é possível impedir os povos de manejar as suas línguas de acordo com as suas histórias, culturas e interesses.
Não existe a possibilidade de um português perfeito. Isto é uma utopia negativa e desmobilizadora. O mesmo se pode dizer de um francês perfeito etc. As línguas são corpos vivos nas almas das pessoas que as utilizam por toda a vida. Fazem parte dos corpos biológicos dos que as conseguem falá-las, escrevê-las e retê-las em seus registros neurais.
A capacidade da língua portuguesa de se adaptar e de ser falada por culturas muito diferentes é a mesma do inglês e do francês. O português é uma língua de cultura, equivalente às demais línguas modernas. Isto quer dizer, que se pode falar de qualquer coisa simples ou complexa, usando-se a língua de Camões.
A vitória desta língua consiste na: força de mais do que 200 milhões de falantes; existência de uma vasta e complexa literatura; a presença de redes científicas que trabalham em português; incorporação do léxico e da sintática das experiências culturais européias, africanas, americanas e asiáticas; onipresença da música cantada em português e de vários outros artefatos da indústria cultural que fala o português.
A geografia da língua portuguesa foi, na origem, quase a mesma das grandes descobertas dos navegadores do mesmo país. As línguas dos autóctones foram substituídas com força no lado atlântico da América do Sul. Na Ásia, o pequeno tamanho da colonização e a resistência local impediram uma vitória lingüística total. Na África, a presença do português jamais obteve o esmagamento completo das línguas locais.
Hoje, como efeito da força das emigrações para os países ricos e de outros problemas da mundialização, esta língua está presente bem longe das viagens dos portugueses. É falada nos Estados Unidos, no Canadá, na França etc.
A geografia física determina a posição ocidental de Portugal. Este país seria um país do Ocidente. No nível físico, é isto mesmo. Portugal é um país europeu-ocidental. Hoje, muitos dos portugueses adoram o fato da incorporação de seu país ao Euro e a CEE. O passado de isolamento foi superado.
No sentido da cultura e da história, as coisas são bem diferentes. O Império colonial de Portugal incluiu partes da América do Sul, da África e da Ásia. Dois séculos antes das grandes descobertas e do início das colonizações, Portugal era parte de uma região européia bastante arabizada. A Idade Média de Portugal foi vivida, em grande parte, sobre a dominação árabe.
É possível perceber um resultado bastante complexo e mestiçado nos espíritos dos portugueses. Observe-se a existência, na cultura portuguesa, dos traços da complexidade geográfica do Império. É possível ver fortes vestígios das culturas dos colonizados e dos antigos dominadores dos colonizadores.
É bom lembrar o fato da grande duração do feudalismo português e da presença da cultura católica da Contra-Reforma, até o século XX.
O barroco português misturou-se, por exemplo, com as culturas do Brasil. Isto resultou no barroco brasileiro, ainda muito presente na cultura oral e, de modo impressionante, nos meios de comunicação atuais do Brasil.
O sucesso das telenovelas brasileiras em Portugal, por exemplo, está ligado a mesma árvore de origem das culturas de ambos países. Os gostos alimentares dos brasileiros e dos portugueses são próximos, no sentido da utilização dos produtos de origem européia, americana e oriental. Visitar um mercado de produtos orientais ou africanos é, no mesmo sentido, se aproximar de culturas comuns.
A língua portuguesa é a pátria de várias culturas do passado e do presente. No Brasil atual, pode-se ver o crescimento da pressão e da incorporação da língua inglesa pelo português brasileiro.
Em passado recente, pôde-se ver, até a década de 1960, ocorrer o mesmo com a língua francesa e sua influência no português do Brasil. Sabe-se que coisas semelhantes ocorreram nas ex-colônias lusófonas da África e no português de Portugal.
Chegam, hoje, tristes notícias de ameaças concretas do português desaparecer na Guiné Bissau, substituído pelo francês, e do inglês estar substituindo progressivamente o português de Moçambique.
A língua portuguesa continua e continuará a viver dentro das possibilidades de seu futuro histórico. Isto depende de nós. É preciso que exista o engajamento da vanguarda dos seus falantes, para fazer continuar sua história em muitos dos lugares do mundo onde ela é presente.
Não se pode aceitar o mundo com apenas uma língua de comunicação. Isto significa um mundo sem uma alma cultural e sem história. Proclama-se em qualquer língua a beleza do português, sua importância como meio de comunicação humano, que carrega a história de vários povos do mundo.
No presente, a diáspora dos trabalhadores de todas as profissões continua a semear a língua portuguesa em escala universal. Agora, não existem mais os limites geográficos do passado. Os novos limites são os das fronteiras econômicas da mundialização.
Mesmo assim, ainda há um risco, talvez mais forte do que no passado, da língua de Camões e de Saramago desaparecer ou ficar ainda mais frágil. Está disseminada a idéia do pensamento único e de uma única língua 'natural' desta maneira de ver o mundo.
Pode-se resistir!
Luis Carlos Lopes.

viernes, 16 de febrero de 2007

Nuevos Tiempos


Nuevos tiempos para una tarea ilusionante.


Hoy en Mérida el Comité Regional del PSOE de Extremadura ha elegido por unanimidad de todos sus componentes a los candidatos a la Asamblea de Extremadura para las Elecciones del día 27 de mayo.

Como no podía ser de otra manera este más que centenario PSOE ha dado una vez más, uno ya ha perdido la cuenta, señas de un vigor y de una democracia interna a prueba de cualquier tipo de análisis. Con la imagen en la retina de la figura de Juan Carlos Rodríguez Ibarra, única e irrepetible, todos y cada uno de los miembros del Comité Regional han escenificado una lección de madurez, compromiso y especialmente de seguir apostando por la tarea que empezamos hace más de 24 años.
Lola Pallero, por la circunscripción de Cáceres, y Guillermo Fernández Vara por la de Badajoz son las cabezas de nuestra oferta electoral.
Firmes en nuestras convicciones, unidos en un proyecto ilusionante y con la mirada puesta en un futuro prometedor, uno hoy se siente orgulloso de llevar en este PSOE más de 31 años de militancia, porque hemos demostrado a todos, en especial a nosotros mismos, que la generosidad, la entrega y la ilusión en un candidato como Guillermo Fernández Vara nos permite seguir sembrando nuevas semillas de esperanza e ilusión en esa tarea emocionante de seguir contruyendo una Extremadura de todos y para todos.
Hoy soy feliz, dichoso y he recargado mis pilas, mereció la pena y todos a una sembraremos nuestra tierra de nuevas semillas que germinarán y harán que esta tierra siga sintiéndose orgullosa de ella misma.