martes, 27 de febrero de 2007

Fado, dos meus amores


Fado, cançao do povo.

Canções que viajam pelo Mar


Os portos de mar sempre foram locais de partida e chegada de pessoas e mercadorias. Mas nos barcos também vinham as culturas e nas cidades portuárias fez-se a sua miscigenação.

Ao longo de séculos, os barcos foram transportando, de porto em porto, traços culturais que criaram as raízes da primeira globalização.

Profundamente ligado à vida marítima e à actividade portuária aparece também o fado. Assim, o fado enquanto expressão de música popular característica e original de Lisboa será inserido no conjunto mais vasto das manifestações culturais com traços semelhantes nascidas em cidades onde também existe uma ligação profunda ao mar.

No século XVIII, criou-se no Brasil um cruzamento de três continentes. O resultado apareceu sob a forma de manifestações culturais novas, que integravam a Europa, a África e a América. A componente africana foi levada pelos escravos negros. A esta misturaram-se traços das culturas ameríndias pré-existentes no Brasil.

A cultura do colonizador europeu, pelo seu lado, contribuiu com as tradições rurais portuguesas e com o barroco. Acrescia ainda o intercâmbio resultante dos contactos portuários que ligavam a Índia, a Ásia e a África. De tudo isto resultaram expressões como as modinhas e o lundum.

No início do século XIX, a corte portuguesa refugiou-se no Brasil na sequência das invasões francesas. O fado passou a integrar influências dos ritmos brasileiros em intercomunicação com a poesia nascida nos bairros populares de Lisboa. Foi também por esta altura que a guitarra de 12 cordas, introduzida pela colónia britânica residente na cidade do Porto, passou a acompanhar o fado. A relação entre a voz e o instrumento passou a ser directa, com o estilo vocal a tornar-se muito expressivo e a equilibrar as deficiências do vocabulário popular.

No século XX, o fado fez a sua estreia no teatro musical e na rádio. O fado das tabernas resistiu às luzes do salão. Mas em 1927 surgiu regulamentação que obrigava à posse de carteira profissional para se cantar em público. Mais tarde, o fado projectou-se internacionalmente como a canção nacional. O fado ganhou espaço na literatura, no cinema e na indústria discográfica, adquirindo uma dimensão nova. Mas permaneceu como expressão musical profundamente relacionada com outras manifestações culturais de cidades portuárias, o que exprime uma relação muito antiga de trocas culturais. Este facto dá ao fado um destaque especial na era da globalização.

A alma dos portugueses

O fado não é apenas uma canção acompanhada à guitarra. É a própria alma do povo português. Ouvindo as palavras de cada fado pode sentir-se a presença do mar, a vida dos marinheiros e pescadores, as ruelas e becos de Lisboa, as despedidas, o infortúnio e a saudade.

A grande companheira do fado é a guitarra portuguesa. Juntos, fado e guitarra, contam a essência de uma história ligada ao mar.O fado, por ser de todos os portugueses, está na taberna e no salão aristocrático. Surgido na primeira metade do século passado, depressa se tornou na canção popular de Lisboa. Desde então, manteve sempre as sua características de expressão de sentimentos associados à fatalidade do destino.

O fado está marcado pelo phatos das tragédias da Grécia clássica.A canção emblemática de Lisboa é também indissociável dos seus bairros mais típicos. Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa são os seus mais autênticos berços. Por esta razão, ouvir o fado é conhecer Lisboa. É também conhecer os portugueses, no mais profundo da sua alma de povo que enfrentou o mar desconhecido.E, por ser uma canção nacional, o fado está igualmente marcado pelo atracção que a aristocracia boémia sentiu pela ruas e vielas de Lisboa, pelas tabernas e pelas mulheres. O fado foi partilhado por fidalgos, por vadios e por marinheiros. No regresso ao salão aristocrata, trouxeram o fado para que fosse acompanhado ao piano.

A companheira do fadoA guitarra portuguesa é a grande companheira do fado. A sua origem remonta ao cistro surgido na França e na Itália do Renascimento.O cistro viajou desde o século XVI pela Alemanha e pela Inglaterra, tendo sido intro-duzido em Portugal pela colónia britânica radicada na cidade do Porto.

Abandonada nos outros países europeus, a guitarra adaptou-se e criou raízes em Portugal. A sua evolução deu-lhe características próprias, passando a ser designada por guitarra portuguesa.


Nazaré a minha segunda vila


Nazaré, a terra do meu coraçao.
Quando se fala em férias, não se pode passar ao lado do ponto de paragem obrigatório, para qualquer turista que se preze. Conhecida pelas nazarenas que nos enterram olhos dentro as famosíssimas placas de "chambres, zimmers, habitaciones e rooms", também está envolta em lendas e anedotas caricatas que já conquistaram o seu lugar no panorama humorístico português, conseguindo fazer frente às já conhecidas anedotas alentejanas. Este é o único lugar do mundo onde se bebem "cafezes" e o cliente é que escolhe "tude, tude, tude"!
Vale a pena visitar!

Don Miguel, pero hombre......


Probe Don Migué que ya no sabe.....
Ozú con lo que dicen en Cantabria que hizo el probe de Don Migué, gracias a Dios en Badajó no se dice ná de ná que pa eso es Don Arcarde y además Senaó y manda musho pero que musho en la capitá.
Ay que penita me da, que malos, pero que mu malos que son estos socialistas mira que decí estas cosas de Don Migué, y menos de su santa mujé.
Malos que son mu malos.
Al Alcalde Badajó lo han pillao, lo han pillao, lo han pillao......... Gracias a Dios.

Badajoz porta do Alentejo



O Elvas o Elvas, Badajoz a vista.

Los grandes cambios siempre comienzan con pocos comprometidos. Lo que marca la diferencia con lo establecido también comienza con pocos. Nosotros éramos al principio muy pocos y ahora somos muchos los que pensamos que Portugal es algo más que una cosa que siempre ha formado parte del paisaje.
Superados viejos desencuentros, hoy la realidad de las relaciones entre España y Portugal tienen en Badajoz un vértice muy importante, un vector que puede aglutinar – en armonía y cooperación – instrumentos de desarrollo y creación de riqueza que repercutan por igual en el desarrollo de los municipios de su entorno, en Extremadura y el Alentejo y, por extensión, a ambos países en conjunto.

Las sinergias que desde ambas partes de la antigua raia fronteiriça se han ido generando, la superación de los ancestrales recelos, la apuesta seria por conocer las señas de identidad: culturales, económicas, lingüísticas, etc. de los habitantes de ambas zonas son una muestra palpable de que las políticas de cooperación, colaboración, intercambio y proyectos en común pueden vertebrarse si se supera el viejo concepto de superioridad, que tanto molesta al ciudadano lusitano. Badajoz es una ciudad llamada a ser motor y cooperador necesario frente a una sociedad que desea articular mecanismos de desarrollo común, de cooperación fructífera, del uso racional y sostenible de sus potencialidades endógenas. En ese camino común, compartido, debe nacer una nueva estrategia de que permitan compaginar y armonizar desarrollo con sostenibilidad y con calidad de vida, frente a caducos modelos de desarrollismo obsoleto; debe alumbrar una nueva filosofía de innovar, de poner en valor la calidad frente a la cantidad, lo genuino frente a lo común, lo específico frente a la generalidad, y ese esfuerzo debe entenderse desde la ciudad de Badajoz, para asumirlo en plano de igualdad con la articulación de sólidos lazos – en la extensión total del término -, que permitan que los poderes públicos, las administraciones sean los catalizadores e instrumentos necesarios, pero son solo parte de un engranaje más complejo, acompañan, moderan, no imponen ni marcan el camino, ese camino lo hacen los ciudadanos libres y responsables, es la sociedad civil la que quiere ver a sus representantes estar en el camino adecuado, pero a esa sociedad civil no le gusta el tono imperativo, el querer ser el protagonista de una esperanza que Badajoz debe hacer realidad, pero Badajoz debe ser generosa, debe saber escuchar, tener la fibra sensible para entender que cualquier chasquido o nota discordante hará que la esperanza se marchite, y no debe ni puede marchitarse. Construir puentes, hacer realidad esperanzas de desarrollo y progreso, son fruto del diálogo, del acercamiento, de la puesta en valor de las señas culturales de dos países que se saben diferentes pero que desean un mestizaje pacífico, un acercamiento de proximidad, pero teniendo siempre en cuenta que cada uno desea preservar sus propias señas de identidad.

Badajoz fue pionera en ese trabajo de prospección, hoy está llamada a dar un paso más en la articulación de esa nueva sociedad, de una nueva forma de mirar, escuchar y entenderse con aquel que está dispuesto a ser mirado, escuchado y desea expresarse con libertad. Muchos, ahora por fin, conocemos el lenguaje, el camino, el paisaje, el paisanaje y además, siendo esto lo más importante, estamos dispuestos a compartir con ellos ese proyecto ilusionante, un proyecto que aún necesita limar estrías y ciertas asimetrías y desigualdades, pero con paciencia tozuda, con el tacto de saber escribir con líneas rectas, con la capacidad de permitir que la fina lluvia empape a unos y otros, estamos convencidos que erradicaremos, para siempre, ese viejo adagio portugués que dice: “Da Espanha, nem bom vento, nem bom casamento”, cambiar la ortografía de los idiomas ricos en matices, para crear una nueva metáfora que diga: “Da Espanha, chegam pela cidade de Badajoz, novos ventos e a alegría de um feliz casamento”.

Los tiempos marcan las oportunidades, los ciudadanos construyen la nueva armonía, debemos hacer ese esfuerzo, soplar con fuerza, insuflar ánimos, tender lazos fuertes, abrir de para en par nuestras mentes e imaginar que un día, no muy lejano, Badajoz es la primera ciudad ibérica, una ciudad donde unos y otros, son algo más que consumidores, mercancías o potenciales clientes, son la misma cosa: ciudadanos libres que están construyendo juntos un futuro de cooperación común, generando confianza mutua, articulando redes de complicidad ciudadana, empresarial, cultural, etc., redes que una vez estén puestas en funcionamiento hagan de Badajoz una ciudad abierta, una ciudad donde alegría y saudade sean parte de nuestro acervo identitario, un modelo a seguir, una mezcla de culturas fruto de un intercambio pacífico, impregne de una identidad propia a una sociedad nueva que sintiéndose orgullosa de sus señas propias, es generosa, asume lo que estando tan próximo siempre separó, y hoy debe unir, esa es la apuesta y ese camino ya no tiene retorno posible.

A esa tarea colectiva, a esa empresa de construir juntos, estamos llamados todos, de nada servirán inversiones millonarias, infraestructuras insospechadas, desarrollo y riqueza, sino somos capaces de comprender que par escribir de nuevo la historia hay que usar dos plumas y dos tinteros, pero un mismo papel, en ese papel iremos añadiendo día a día, como los viejos historiadores, los hitos alcanzados en la construcción de esa nueva ciudad que un día será Badajoz, pero sólo se podrá escribir en esa hoja de ruta si lo hacemos al unísono, con el mismo compás, con la misma sintonía, con la generosidad y la altura de miras, perderse en lo inmediato, es destruir algo que aún no ha germinado. Que nadie quede atrás en esta tarea que abrirá de par en par el resurgimiento de una ciudad que ya no será ni de aquí ni de allí, será el crisol en el que confluyeron dos pueblos, que hartos de ignorarse, un día decidieron algo tan simple como trabajar juntos, generando y exportando su modelo como una conquista de la tolerancia, la concordia y la capacidad de saber entender y comprender, que juntos podemos, separados poco lograremos.

Seamos como nuestro común Río Guadiana, caminemos juntos hasta el mar, ese mar que cada día está más cerca de una ciudad que quiere ser dueña de su futuro, no esclava de su pasado.